sábado, 1 de dezembro de 2012

Não vos embriagueis com Vinho, mas enchei-vos do Espírito! - Por Raizes de Cristo

Não vos embriagueis com Vinho, mas enchei-vos do Espírito!

 
“Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo;”Efésios 5 : 14 ao 20
Esta é uma parte da carta do Apóstolo Paulo à população de éfeso sobre a conduta cristã.

1) Embriagar-se com Vinho
Qual é o motivo para uma pessoa embriagar-se? Se nós perguntarmos para qualquer pessoa, após a sua embriagues, ela irá te responder várias situações: “Para afogar as mágoas!”; “Para esquecer das dívidas!”; “Para esquecer dos problemas!”; “Para se alegrar um pouco, diante de tanta tristeza!”; e até mesmo, criar “coragem” para falar algumas coisas para alguém, ou ter “atitudes corajosas” para com alguma pessoa ou situação.
Quando falamos em coragem nesta situação, na realidade não se trata de tamanha “coragem” que o individuo possui, e sim, da falta dela, que nada mais é que covardia! Algo que Deus não se agrada, é daqueles que são covardes.
O que significa covardia ou ser covarde? É um vício que, convencionalmente, é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro. É o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se. (fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Covardia)
Quantas vezes nós pensamos em fugir dos nossos problemas? Ou de situações que desafiam o nosso interior de uma forma intensa? Toda mudança pode nos proporcionar medo, que é um dos sentimentos de um covarde. Por este e outros motivos, o Apostolo Paulo alerta a todos os cristãos de éfeso, que não é através do vinho que a alegria ou a coragem são geradas em nosso interior, mas sim, com uma conduta cristã cheia do Espírito.
Buscamos ter felicidade e uma vida muito boa, mas, o que fazemos para alcançar isto? Ou será que os nossos corações estão voltados somente para esta felicidade? Deus não tem só algo terrestre para nós, mas algo que alimenta a nossa alma e o nosso espírito, e faz algo que é eterno.

2) Enchei-vos do Espírito

O que é termos uma vida cheia do Espírito?
• Esvaziar-se de si mesmo. Humilhando-se diante do Senhor para que seja exaltado ao seu tempo. Decidindo a andar debaixo de submissão total ao Senhor – Jesus, para ser cheio do Espírito, foi a João Batista para ser batizado, e em seguida foi cheio do Espírito – Mt 3.13-17.
• Não entristecê-lo – Ef 4.29-31.
• Ter um coração perdoador – Ef 4.32.
• Suportar as pressões e perseguições sem desejo de vingança – Mt 5.10-11.
• Retirar do coração toda incredulidade – A ação do Espírito é sobrenatural e impossível de compreender com o racional.
• Crer nos atos proféticos.
• Gerar no reino físico as vitórias já alcançadas no reino espiritual, através da palavra profética – Ef 1.3.
• Desejar ardentemente ter comunhão com Ele – At 2.1-4.
• Reconhecer que nenhum método, por melhor que seja, funcionará sem a Unção.
• Reconhecer a eficácia dos dons e buscá-los com determinação.
• Ter um coração agradecido a Ele por tudo – 1 Ts 5.18.
A igreja do Senhor precisa voltar ao princípio, isto é, andar em dependência e íntima comunhão com o Espírito Santo e a explosão de alegria e crescimento retornará, como aconteceu na Igreja Primitiva.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O DOM DO ESPÍRITO SANTO - Site VIVOS.COM

    Eu li este artigo no blog VIVOs.COM e achei interessante, é de profundo conteudo mas de fácil entendimento.

O DOM DO ESPÍRITO SANTO

Sem força, sem nenhuma energia para fazer o bem: tal é o estado ao qual o pecado reduziu o homem. Ele não somente caiu sob a escravidão do pecado — o que faz necessária a sua redenção— mas também se viu reduzido a um estado de impotência, sem poder agradar ou servir a Deus.

Para compensar esta falta de força, devemos possuir um poder. Este nos é indispensável tanto para nos libertar de nossa paralisia interna, produzida pelo pecado, como para nos permitir servir ao Senhor nas diversas circunstâncias exteriores. Deus nos tem dado este poder, e o maravilhoso é que Ele enviou o Seu Espírito para habitar em nós. Algo menos que isso poderia parecer suficiente, mas, em Seu amor e sabedoria, Deus quis que o Espírito Santo — pessoa divina— fosse a energia ativa do crente. O Senhor ressuscitado, prestes a subir ao céu, disse aos discípulos: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At 1:8). Esta elevada bênção foi cumprida dez dias mais tarde, no dia de Pentecostes.

Nascido do Espírito e Habitação do Espírito

Em Ezequiel 36 e 37 formulam-se profecias que dizem respeito ao novo nascimento e à vivificação que se cumprirão no remanescente de Israel, a fim de prepará-lo para a bênção milenar. Nestes dois capítulos também é abordado o dom do Espírito Santo. “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36:27), e ”Porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (37:14). Disto resultará para Israel uma vida espiritual que se manifestará por meio de uma obediência ativa à vontade de Deus.

Outras passagens do Antigo Testamento contêm promessas semelhantes. Por isso o apóstolo Pedro explicou no dia de Pentecostes que o que acabava de acontecer era a concretização da profecia de Joel (At 2:16-21; Jl 2:28-32). Contudo, o dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes implica uma plenitude e uma permanência pouco consideradas no Antigo Testamento.

O novo nascimento é produzido pelo Espírito Santo. Disto resulta uma nova natureza, que é espiritual em seu caráter essencial. Isto, não obstante, deve ser distinguido da morada do Espírito dentro de homens já nascidos de novo.

É muito útil compreender que o poder do crente está unido não à sua nova natureza, mas sim à efetiva habitação da pessoa do Espírito Santo nele. O capítulo 7 da epístola aos Romanos narra a experiência de alguém que é nascido de novo, visto que possui “o homem interior”, o qual se deleita na lei de Deus (v. 22). Portanto, aprova o que é bom e o deseja ardentemente, mas vê-se incapaz de praticá-lo. Só no capítulo 8, depois de o crente ter contemplado a Cristo, seu Senhor (7:25), lemos: “a lei (ou autoridade) do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei (ou autoridade) do pecado e da morte” (Rm 8:2). A força que liberta encontra-se em Cristo e em Seu Espírito. Em nós mesmos, não temos nenhum poder, ainda que tenhamos uma nova natureza.

Isto é particularmente certo para dar testemunho acerca do Senhor ressuscitado. Em Lucas 24:49 e Atos 1:8 o Senhor indica claramente a Seus discípulos que eles devem esperar ser revestidos de poder antes de se tornarem Suas testemunhas. Considere que eles tinham seguido ao Senhor durante três anos e o Espírito tinha operado neles. Ademais, tinham recebido instruções excepcionais da própria boca do Senhor. Apesar disso, todos esses privilégios não lhes conferiam força suficiente. Qualquer que tenha sido a sua diligência para empreender o testemunho, faltava-lhes eficácia até que o Espírito tivesse sido dado. Mas, a partir desse momento, a boca deles foi aberta e com que notáveis resultados!

Cheio do Espírito

No dia de Pentecostes, os discípulos não receberam simplesmente o Espírito para que habitasse neles, antes “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2:4). Quando um crente está cheio do Espírito, sua carne se torna inativa e nada pode opor-se a Seu poder. Vemos isto em Estevão, que estava “cheio de fé e do Espírito Santo”, “cheio de graça e poder”. Os seus adversários não podiam “sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito pelo qual ele falava” (At 6:5, 8, 10 e 7:55). Incapazes de lhe resistir, usaram a violência como único recurso.

Estar cheio do Espírito não é um estado permanente, ao passo que ser habitado por Ele é. Com efeito, Pedro foi cheio do Espírito pelo menos duas vezes (At 4:8 e 31). No entanto, todos os crentes são exortados a encher-se do Espírito (Ef 5:18). Pode parecer estranho que tal condição seja comparada ao ato de se embriagar com o vinho. O vinho tem influência sobre o comportamento do homem; quem dele abusa sente-se agitado e já não se controla. A ação do Espírito não tem nada que ver com essa influência. Aquele que está cheio do Espírito controla os seus atos ao mesmo tempo que é dirigido de maneira conveniente e divina. De fato, nesta passagem, como em toda a epístola aos Efésios, o que é muito mau é colocado em oposição ao que é muito bom.


Quando um homem está cheio do Espírito, toda ação carnal é excluída. Todas as coisas que ocupam os nossos pensamentos, o nosso tempo e a nossa energia limitam o poder do Espírito. E não se trata apenas das coisas evidentemente más, mas também de todas aquelas profanas e sem proveito. Por isso a exortação: “E não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4:30). Quando O entristecemos, Ele continua morando em nós, pois a Palavra nos diz que fomos selados com o Espírito Santo para o dia da redenção (Ef. 1:13-14), mas o gozo e o poder espiritual se perdem. Experimentamos com tristeza este estado até o dia em que nos julgamos e deixamos de lado o que tem entristecido o Espírito, que pode ser a mentira, a ira, as palavras torpes, a amargura, as blasfêmias (Ef 4:25-31). Todas essas coisas são contrárias à ação do Espírito na esfera individual ou na coletiva.
Andar no Espírito

Como podemos conhecer o poder vitorioso do Espírito em nossa vida? A epístola aos Gálatas dá a resposta resumida nesta exortação: “Andai no Espírito” (Gl 5:16). Depois de termos crido no Evangelho, Deus nos dá o Seu Espírito, o qual nos sela, mostrando assim que somos Sua propriedade. Depois disto devemos andar no Espírito. De forma prática, Ele deve ser a fonte e a energia de nossa vida. O andar é uma expressão figurada de nossas atividades. Pensamentos, palavras e atos, tudo deve ser submetido ao controle do Espírito. Desta maneira, não satisfazemos os desejos da carne, os quais são anulados pelo poder do Espírito.

De maneira figurada, podemos dizer que a nossa vida está cheia de semeaduras e de colheitas. Cada dia saímos com cestos de diferentes sementes. Podemos meter a mão no cesto da carne e semear para a carne, ou podemos buscar no cesto do Espírito e semear para o Espírito. Podemos ceder à influência das coisas que satisfazem a carne, ou, pelo contrário, ocupar-nos com as coisas do Espírito e, assim, semear sementes produtivas para a glória de Deus (Gl 6:7-9). Na prática, “andamos no Espírito” quando estamos ocupados com os interesses do Senhor e nos alimentamos dEle.

As quedas graves não são as únicas que nos privam do poder do Espírito. Com freqüência é suficiente uma falta de concentração nas coisas de Deus. O Espírito toma do que é de Cristo e no-lo comunica; mas Ele pode estar entristecido devido à nossa preguiça espiritual. Se você fosse dar alguma notícia importante a um amigo e ele o interrompesse sem cessar para falar de coisas triviais, certamente você daria por terminado o seu relato e ficaria entristecido e decepcionado. Da mesma maneira, o Espírito é sensível a tudo o que diz respeito à glória de Cristo. Tanto O entristece a falta de atenção como o fato de nós pecarmos. Peçamos a Deus que nos mostre até que ponto a nossa falta de poder espiritual é resultado disso.


O Espírito, Poder de Serviço

O apóstolo Paulo é um exemplo para os crentes. Observemos, pois, os resultados da ação do Espírito em sua vida de serviço. No período de quase vinte e cinco anos, ele evangelizou diferentes povos que ocupavam vastos territórios. Tal obra não poderia ter sido realizada sem a energia comunicada pelo Espírito de Deus. A sua pregação caracterizava-se pela simplicidade (1 Co 2:1-5); todos os ornamentos da eloqüência humana tinham sido colocados de lado, a fim de que o ato central da cruz fosse visto claramente. As suas palavras eram “demonstração do Espírito e de poder”. Assim, as pessoas convertidas por intermédio dele tinham uma fé que não descansava “em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus”.

Em si mesmo, ele não era mais que um “vaso de barro”, mas por meio dele resplandecia o “conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Co 4:6-7). Através do Espírito, seu serviço tinha um caráter vivificante (2 Co 3:6). Nos duros combates pelo Evangelho, as suas armas eram espirituais. Ele derrubava os poderes satânicos entrincheirados no espírito dos homens sob forma de pensamentos orgulhosos e raciocínios opostos a Deus.

Os crentes resultantes desse ministério eram a “carta de Cristo... escrita.., pelo Espírito do Deus vivente” (2 Co 3:3). O Evangelho não tinha chegado a eles “tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1:5).

O Espírito Santo é um “espírito... de poder, de amor e de moderação”, a fim de que o crente possa servir ao Senhor participando “dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”, ao mesmo tempo que guarda um equilíbrio sadio em sua atividade (2 Tm 1:7-8 e 14). Para o servo de Cristo, o Espírito Santo é, por Sua vez, fonte de poder e de fidelidade.


O Espírito, Poder de Unidade

No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio à igreja, a qual passou a ser, desta maneira, “habitação de Deus no Espírito” (Ef 2:22). O Espírito Santo faz igualmente sua habitação em cada crente (2Tm 1:14 e 1Co 6:19). Estas duas habitações, ainda que muito relacionadas, devem ser distinguidas uma da outra.

As bênçãos que até aqui temos estudado resultam da habitação do Espírito no crente. Elas são muito preciosas; não obstante, as bênçãos ligadas à Sua habitação na igreja conduzem a um terreno mais elevado: o do corpo de Cristo, o da união dos crentes com Cristo e entre si. O Espírito é um poder de unidade: “Em um só Espírito, todos nós fomos batizados... e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co 12:13; ver também 2 Co 1: 21-22).


O Espírito permite o harmonioso funcionamento do corpo de Cristo (1 Co 12:11). Ele promove, em particular, uma doce comunhão entre os santos (Fp 2:1) e cria neles um poderoso amor, que é a base de todo serviço (2 Tm 1:7). O apóstolo Paulo, depois de ter exposto os belos resultados deste amor manifestado na liberalidade entre os crentes, declara: “Graças a Deus pelo seu dom inefável” (2 Co 9:15). Certamente esse dom inefável é o Senhor Jesus, mas também é o dom do Espírito para cada crente e para a Igreja, uma “superabundante graça de Deus”, da qual somos beneficiários.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CONFIANÇA FIRMADA NO TEMPO DE DEUS - Por Vinicius Dotte


          Você consegue se lembrar de algum momento em sua vida em que agiu impulsivamente, e acabou se arrependendo? Talvez tenha comprado um carro, assinado um contrato, ou feito um mal negocio por não ter pensado melhor antes. Qualquer que tenha sido a decisão tomada, você se arrependeu.
     
          Eu descobri que o tempo de Deus é tão importante quanto Sua vontade. De fato, a Bíblia fala bastante a respeito de tempo. Eclesiastes 3: 1 diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”.

          A Bíblia relata a respeito de um homem de Deus que tinha uma noção de tempo muito ruim. Se ele participasse de uma corrida, seria aquela pessoa que sai do nada, ganha a liderança, e depois de repente, acaba prejudicando a si mesmo. O homem de quem estou falando é Moisés. Apesar de ter sido um grande homem de Deus, ele cometeu pecados graves e passou por sérios retrocessos. Vale lembrar que, assim como Saulo de Tarso, Moisés era culpado de assassinato.

          Moisés era um tanto impulsivo. Eu sou também, então posso entendê-lo. Mas a impulsividade tem suas desvantagens, e no caso de Moisés, ela trouxe resultados devastadores. Moisés nasceu em um período de extrema dificuldade na história de Israel. Os descendentes de Jacó já contavam três milhões no Egito e haviam sido forçados à escravidão. Faraó, vendo os hebreus como possível ameaça, decretou que os meninos recém-nascidos fossem afogados no rio Nilo.

          O povo clamava a Deus por libertação, e então veio Moisés, o homem de Deus. Antes, ele havia sido o bebê protegido por Deus e adotado pela filha do Faraó. O historiador judeu, Josefo, conta que esse Faraó não tinha filho nem herdeiro; Portanto, Moisés estava sendo preparado para se tornar o próximo Faraó do Egito. Ele estava sendo criado como realeza, o que significa que ele seria educado em tudo o que o Egito tinha a oferecer. Moisés, no entanto, sabia quem ele era. Ele era um verdadeiro servo do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Por baixo daqueles trajes egípcios, batia um coração hebreu.

          Talvez tenha sido isso que o levou a entrar em ação quando ele viu um egípcio batendo em um hebreu. A Bíblia diz que ele “olhou a um e a outro lado” e matou o egípcio. (Veja Êxodo 2:12).
O coração de Moisés estava certo, mas suas ações foram tolas. É claro que Deus não disse a ele para agir de tal maneira. Ao invés de olhar a sua volta, Moisés deveria ter olhado para cima.

          Provavelmente ele pensou que seus companheiros hebreus ficariam gratos pelo que havia feito, mas não foi isso que aconteceu. Todos sabiam o que tinha acontecido, mas ninguém aprovou. Quando Faraó soube do ocorrido, Moisés precisou fugir para se salvar. E lá foi ele, para o deserto.
Deus quer que cumpramos a Sua vontade, à Sua maneira e no Seu tempo.

          Moisés era um líder em treinamento, não estava pronto ainda. Ele havia perdido seu povo, sua reputação, mas não havia perdido o seu Deus. O que parecia ser o fim era na verdade o começo.
Quarenta anos depois, Deus designou Moisés para conduzir os filhos de Israel para fora do Egito. Moisés não havia se dado conta de que Deus o estava preparando durante aquele tempo. Note o que Deus disse a ele: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó”. (Êxodo 3:6).

          O que Deus estava dizendo? Eu sou o Deus de homens comuns que realizaram coisas extraordinárias. Há esperança para você. Eu não sou apenas o Deus de Abraão. Não sou apenas o Deus de Isaque e Jacó. Eu sou o Deus de Moisés. Eu estou te chamando. Estou te dando uma segunda chance.

          Deus ainda usa pessoas comuns hoje. Até mesmo as que erraram. Até mesmo pessoas que cometeram pecados.

          Talvez você esteja passando por uma situação em que se identifique com Moisés. Posso fazer uma sugestão? Confesse seus pecados a Deus. Lide e aprenda com eles. E saiba disso: Deus ainda pode usar você. Ele oferece segundas chances. Talvez você precise de uma hoje.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A MATURIDADE ESPIRITUAL ATRAVÉS DA BÍBLIA - Por Vinicius Dotte

          O apóstolo Paulo, ao exortar seu filho na fé Timóteo a combater e resistir aos males e corrupções dos tempos difíceis, o aconselha dizendo:
 
"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra" (II Timóteo 3:14-17).
          
          Diante da crise, da confusão instalada e alimentada por homens egoístas, avarentos, arrogantes, ingratos e irreverentes; do abandono da verdade, da perda de significado, da corrupção da mente e do coração e de uma fé confusa, Paulo apela para que Timóteo volte para as Escrituras e que permaneça nelas.
   
          Vivemos hoje um tempo semelhante ao descrito por Paulo no capítulo 3 da segunda carta a Timóteo. Um tempo onde o egoísmo, alimentado pelo individualismo narcisista, desenvolve um modelo de fé num Deus comprometido em nos agradar e satisfazer nossas necessidades mundanas e mesquinhas. Um tempo onde pastores e pregadores estão mais interessados em construir seus pequenos impérios, seduzindo e iludindo homens e mulheres ingênuos, manipulando suas mentes e roubando seus bolsos. Um tempo onde a busca pelo poder, sucesso, admiração e reconhecimento tomaram o lugar da piedade, simplicidade e sensatez. Num tempo assim, precisamos mais uma vez voltar para as Escrituras e encontrar um eixo em torno do qual devemos orientar nossa espiritualidade.
     
          Viemos de Deus e voltaremos para Deus. Somente ele pode dar sentido à vida. Como disse Agostinho no início de suas Confissões: "Fizeste-nos para ti, ó Deus, e nossa alma não encontrará repouso enquanto não descansar em ti". O mesmo apóstolo Paulo também afirmou que nossa vida está oculta em Cristo e que se alguém deseja encontrá-la, deve procurá-la na comunhão com ele. Temos hoje muitas ferramentas que nos ajudam a compreender a complexidade da vida: sociologia, antropologia, psicologia etc; no entanto, nenhuma delas nos levará ao coração dos nossos anseios, senão o encontro com o próprio Deus revelado em seu Filho Jesus Cristo. É por isto que Paulo coloca as Escrituras como a única ferramenta capaz de conduzir o homem à sua plenitude e colocá-lo no caminho das boas obras.
   
          São as Escrituras que tornam o homem sábio para a salvação. Sabedoria não é uma conquista acadêmica, e sim uma dádiva da salvação. A redenção do homem é a obra da graça de Deus que o salva de um mundo que o escraviza. A ação salvadora de Deus é como um processo que nos liberta de um cativeiro com o qual nos acostumamos e resistimos a sair desde cativeiro
   
          O homem é de tal forma presa das potências, de tal forma associado às obras delas, diverte-se de tal forma para proveito delas, deseja de tal forma tudo o que elas oferecem, concebe a tal ponto a sua vida separada de Deus, que qualquer aproximação de Deus, qualquer obra positiva de Deus, lhe aparece como uma perturbação inaceitável e, finalmente, um ataque contra ele mesmo. Quando Deus vem libertá-lo, não percebe absolutamente a sua libertação; protesta contra a ruptura destes maravilhosos objetos que são as suas correntes ou as portas da sua prisão: as correntes adoradas. É bem esta a situação do homem. E devemos compreender que toda obra de libertação é efetivamente destruidora do ambiente mau.
   
          A sabedoria da salvação consiste em reconhecer esta ação salvadora de Deus e aprender a olhar para a vida com os olhos do Criador e, a partir dele, viver a vida liberta. São as Escrituras que orientam e corrigem nossos caminhos. Ignorá-la é entrar numa grande floresta sem bússola, é se aventurar ao mar sem conhecer a astronomia ou os instrumentos que nos guiam na escuridão. Jesus certa vez disse: "Errais, não conhecendo as Escrituras"; erramos e continuaremos errando na medida em que nos afastamos da revelação de Deus em Cristo Jesus. A ignorância da salvação de Deus é o maior inimigo do homem; é a maior causa de conflitos e perturbações da alma.
   
           Reconheço que para muitos o estudo e a meditação na Bíblia é uma tarefa difícil, enfadonha e cansativa. É assim que muitos se sentem, inclusive eu. Preferimos então beber água de segunda mão do que cavar nosso próprio poço. "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste", dizem as Escrituras; noutras palavras, Paulo insiste dizendo: construa sua própria fé, crie raízes para suas convicções, não permita que outros te seduzam com fábulas e fantasias. Por certo, será um caminho que exigirá mais esforço e disciplina, mas é caminho de vida, de justiça e paz. Permaneçam nele, guardem as verdades bíblicas que aprenderam na igreja, nas conversas com irmãos, nas meditações devocionais.
     
          No Antigo Testamento somos recomendados a fixar a Palavra de Deus nos umbrais de nossas portas para lembrar dela sempre, que devemos repeti-la quando andamos pelo caminho, quando deitamos ou levantamos. Davi dizia que a Palavra de Deus era como mel para seu paladar e que a desejava muito mais do que um rei desejava o ouro.
          Temos vivido momentos difíceis, mas quero aqui recomendar: Leia a Bíblia, não passe um dia sem meditar nela. Pode parecer uma recomendação simplista, mas logo você descobrirá que ela é fonte de uma salvação sábia e que somente através dela é que nos tornaremos aptos e preparados para viver.
 
                                  Vinicius Dotte

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A INTENÇÃO DE DEUS COM A REVELAÇÃO - Por Vinicius Dotte

          Queridos, ontem fui questionado por um amigo no Facebook à respeito da REVELAÇÃO DE DEUS AO HOMEM, por esse motivo hoje decidi publicar um estudo sobre o tema:
 
A INTEÇÃO DE DEUS COM A REVELAÇÃO

          O mais incrível quando pensamos em Deus é a sua absoluta disposição em Se revelar. O princípio que permeia toda a Bíblia é o que mostra um Deus profundamente disposto a compartilhar da Sua natureza. Leia comigo:Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
 
“Entretanto, o menino Samuel servia ao Senhor perante Eli. E a palavra de Senhor era muito rara naqueles dias; as visões não eram freqüentes. Sucedeu naquele tempo que, estando Eli deitado no seu lugar (ora, os seus olhos começavam já a escurecer, de modo que não podia ver), e ainda não se havendo apagado a lâmpada de Deus, e estando Samuel também deitado no templo do Senhor, onde estava a arca de Deus, o Senhor chamou: Samuel! Samuel! Ele respondeu: Eis-me aqui. E correndo a Eli, disse-lhe: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Eu não te chamei; torna a deitar-te. E ele foi e se deitou. Tornou o Senhor a chamar: Samuel! E Samuel se levantou, foi a Eli e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Eu não te chamei, filho meu; torna a deitar-te. Ora, Samuel ainda não conhecia ao Senhor, e a palavra de Senhor ainda não lhe tinha sido revelada. O Senhor, pois, tornou a chamar a Samuel pela terceira vez. E ele, levantando-se, foi a Eli e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então entendeu Eli que o Senhor chamava o menino. Pelo que Eli disse a Samuel: Vai deitar-te, e há de ser que, se te chamar, dirás: Fala, Senhor, porque o teu servo ouve. Foi, pois, Samuel e deitou-se no seu lugar. Depois veio o Senhor, parou e chamou como das outras vezes: Samuel! Samuel! Ao que respondeu Samuel: Fala, porque o teu servo ouve. Então disse o Senhor a Samuel: Eis que vou fazer uma coisa em Israel, a qual fará tinir ambos os ouvidos a todo o que a ouvir”
(1 Samuel 3.1-11).
          Essa passagem da palavra de Deus começa dizendo que, nos dias em que Samuel servia a Eli, a palavra de Deus e as visões não eram muito freqüentes. Isso quer dizer que Deus não estava fluindo em profecias e revelações naqueles dias. No entanto, segundo nos mostram as Escrituras no Velho e no Novo Testamento, é da natureza de Deus falar com o seu povo. Sendo assim, em um dia especial, Ele resolveu quebrar o silêncio e escolheu falar com Samuel. O pequeno sacerdote não sabia que Deus apareceria naquela noite. Ele ainda não havia aprendido que Deus não tem hora certa para falar e gosta de acordar os seus filhos pelas madrugadas.
          Samuel ouve o seu próprio nome ser chamado por três vezes. Deus, na Sua ânsia por compartilhar, chama o menino alto, em som audível, que ressoa pelo quarto. Samuel acorda e logo vai acordar o seu tutor, Eli, que já era idoso e não enxergava bem. O velho Eli dormia um sono profundo. Penso que ele ficou realmente chateado por ter sido acordado. Eu teria ficado!
Mais uma vez a voz chama “Samuel, Samuel, Samuel” e a cena se repete. Desta vez, Eli, experimentado nas visitas divinas, diz: “Vai deitar-te, e há de ser que, se te chamar, dirás: Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”. Foi exatamente isso que Samuel fez quando a voz o chamou novamente. Só então Deus começou a dizer: “Samuel, eu vou fazer algo sobre a terra (…)”. Temos aqui a figura de um Deus que está ansioso por compartilhar seus segredos.
          Entendo que Deus compartilha da revelação por dois motivos: um é para que a revelação seja ensinada e a palavra não tome caminhos de interpretação errados, o outro é para que haja intercessão. No primeiro caso, Deus nos ensina a Palavra, através do Espírito Santo, para que a igreja siga os princípios eternos (1 João 2.27). Eles estão contidos nos livros da Bíblia, embora muito da essência dos princípios precise ser revelado ao coração do crente pelo Espírito Santo, para que possa ser vivido. O segundo propósito do compartilhar de Deus pode ser achado em uma passagem bem especial do Velho Testamento. Acompanhe com atenção:

“E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e por meio dele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para praticarem retidão e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que a respeito dele tem falado. Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora, e verei se em tudo têm praticado segundo o seu clamor, que a mim tem chegado; e se não, sabê-lo-ei. Então os homens, virando os seus rostos dali, foram-se em direção a Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé diante do Senhor. E chegando-se Abraão, disse: Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta justos na cidade, destruirás e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que ali estão? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio, de modo que o justo seja como o ímpio; esteja isto longe de ti. Não fará justiça o juiz de toda a terra? Então disse o Senhor: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei o lugar todo por causa deles. Tornou-lhe Abraão, dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza. Se porventura de cinqüenta justos faltarem cinco, destruirás toda a cidade por causa dos cinco? Respondeu ele: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco”
(Gênesis 18.17-28).
 
          Deus não consegue ocultar o que vai fazer. Ele precisa contar a Abraão, seu amigo, sobre o que está para acontecer. O que começa a ser mostrado nessa passagem é a disposição de Deus para compartilhar e o coração compassivo de Abraão, que segue em uma “negociação” até alcançar a misericórdia de Deus para dez pessoas. Por que essa passagem foi colocada aí? Sem dúvida, ela mexe com a teologia de muita gente. Por outro lado, nos mostra um Deus que tem aquilo que chamo de “intenção da revelação” e busca amigos com quem compartilhar.

Aceita o convite?

Ser acordado no meio da noite, gastar tempo lendo a Palavra em oração, lutar para olhar o mundo e assistir as notícias da perspectiva de Deus são algumas coisas que devem fazer parte da vida daquele que busca a revelação. O verdadeiro cristão quer conhecer o próprio Deus, não apenas acumular conhecimento sobre Suas obras. Ele quer conhecer o Niemeyer, por assim dizer, e não somente passear por Brasília. Faço por você, ao término deste capítulo, bem aqui no meu quarto, a mesma oração de Paulo aos Efésios:

“Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas”
(Efésios 1.15-23)
 
Por Vinicius Dotte


terça-feira, 13 de novembro de 2012

FALSA ADORAÇÃO - Por Vinicius Dotte


A adoração falsa

É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50: “Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. ‘Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios’. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (salmo 50.4-6).

Deus toma os céus e a terra por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a acusar Israel, falando em julgamento. É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao culto sem conteúdo. Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um cristianismo sem Cristo!

“Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?” (salmo.7-13).

Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma adoração sem conteúdo bíblico. Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu lamento: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Adoração verdadeira é uma questão do coração

Em meio a esse formalismo no culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14). Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.

Uma falsa concepção de Deus

Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor.

Deus repreende a trágica rebelião de Seu povo: “Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe” (vv.16-20).

Rebaixamos Deus ao mesmo nível em que nos encontramos. Muitos cristãos, quando exortados por seu comportamento errado, têm pronta a resposta: “Eu acho que estou certo, não vejo problemas com isso”. Mas, ao mesmo tempo em que se defendem, admiram-se que Deus não os ouve, agindo igual a Israel no passado. Deus, porém, não pode ouvi-los! Deixaram de considerar que Deus condicionou Suas promessas a certos requisitos.

“Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista” (v.21). Chamamo-nos de cristãos mesmo tendo fabricado um Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia, um Deus que espelha nossa própria imaginação e reflete nossos desejos pessoais. Portanto, não devemos nos admirar quando Deus se cala! A causa não está nEle; está em nós. “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” (v.22). Apesar de todo o ativismo religioso, Israel esqueceu-se de Deus. Talvez nós também O esquecemos muitas vezes. Por isso, Ele se cala. Assim, não podemos ouvir Sua voz.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A VERDADEIRA ADORAÇÃO CONFORME O SALMO 50 - Por Vinicius Dotte

“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”
      (Sl 50.15).

Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é a adoração verdadeira a Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável.

A verdadeira adoração no princípio

Adoração verdadeira começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até o Poente” (v.1). A real finalidade da Criação é louvar a Deus. É o que nos diz o Salmo 19.1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

A verdadeira adoração revela a grandeza e a glória de Deus

Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
“Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo” (Salmo 50.11).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias “envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e “tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

EM BREVE: UM NOVO ARTIGO SOBRE "ADORAÇÃO FALSA"

Por Vinicius Dotte